Entenda como surgiu e como é usado o coquetel Molotov, utilizado em larga escala pelos ucranianos desde o início da invasão russa.
Utilizando-se de algum combustível, como gasolina, álcool ou similares, o coquetel Molotov é uma espécie de bomba incendiária utilizada em larga escala em combates baseados em táticas de guerrilha. Apesar de caseiro, o artefato é altamente inflamável e, consequentemente, de grande periculosidade.
Segundo arquivos pertencentes ao museu Imperial War, durante a Guerra de Inverno, ocorrida em 1939 e 1940, quando a Finlândia enfrentou as tropas do Exército Vermelho da União Soviética, embora considerados minúsculos diante dos soviéticos, os finlandeses resistiram aos ataques por cerca de três meses.
Durante os embates, Vyacheslav Molotov, importante ministro soviético, chegou a afirmar que aviões da URSS voavam rumo a Finlândia para entregar ajuda humanitária e não para bombardear. As bombas então passaram a ser chamadas de cestas de pão e, para retribuir a “ajuda humanitária”, os finlandeses criaram o Coquetel Molotov e o “serviam” para as tropas soviéticas e seus blindados.
A fim de conter os avanços do inimigo, os coquetéis eram usados contra veículos de combate, onde o alvo era principalmente os motores, e até mesmo contra tropas de infantaria. “O coquetel Molotov provou ser uma arma antitanque primitiva, mas eficaz, contra as forças soviéticas”, ressalta um dos documentos.
Em 2022, a situação não é muito diferente. Em Dnipro, quarta maior cidade da Ucrânia, civis frequentemente são vistos preparando o artefato. As bombas são preparadas em calçadas, dentro de empresas e até mesmo nas casas dos cidadãos ucranianos que, assim como os finlandeses, tentam conter o avanço russo imobilizando seus veículos blindados.
Embora relativamente fácil de fazer, no Brasil é terminantemente proibida a fabricação, posse e uso do coquetel Molotov. A pena para o infrator é de 3 a 6 anos de reclusão e multa, conforme consta na Lei 10.826/03, Art. 16, Inciso 3º.
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