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Os caças F-5 da Força Aérea Brasileira são sucatas ? confira neste artigo!
Grande parte das pessoas que dizem que os F-5 são uma ‘sucata’ nunca se deram ao luxo de pesquisar sobre a modernização da frota de F-5E/F da FAB, como também nunca se deram ao luxo de pesquisar sobre seus desempenhos práticos em exercícios militares internacionais, onde obtém muito sucesso, como foi no Red Flag 2008, UNITAS 2015, entre outros.
O F-5 E (versão com 1 assento) e F-5F (versão com 2 assentos) estão em operação na FAB há mais de 30 anos. Em 2000, a FAB encomendou a modernização de toda a frota, projeto o qual ficou sob responsabilidade da Embraer e pela AEL Sistemas.
Com essa modernização, os caças vêm recebendo sistemas, radar e armamentos modernos de 4° geração, o que aumentou o tempo de vida útil dos aparelhos para até 2025, época na qual já começarão a ser aposentados pela FAB.
F-5FM da FAB.
Afinal, o F-5 da FAB é uma sucata?
Não, não são ultrapassados e muito menos sucateados. Um avião sucateado, por exemplo, é um avião que tem toda sua aviônica, motores e equipamentos completamente ultrapassados, como por exemplo é o Mig-17 que ainda é usado por algumas forças aéreas.
Cockpit do F-5EM depois da modernização.
Como referi acima, os equipamentos, radar e armamentos dos F-5 foram completamente atualizados pela Embraer: O F-5M leva sistemas de nova geração, como radar e pod de EW. Possui ainda ECM com lançadores de chaff e flares para auto-defesa. Todo F-5 que passa pelo processo de Modernização para a versão F-5M recebe uma revisão estrutural completa.
Todo os cabos e fios da aeronave são trocados. Um dos canhões foi retirado para instalação dos novos aviônicos.
O F-5M conta com um avançado radar multi-modo de baixo custo e alta capacidade para medição de distância Ar-Ar, Ar-Terra e Ar-Mar, busca, rastreamento, rastreamento com varredura e combate aéreo, trata-se do radar Pulso Doppler Grifo F/BR.
Na questão dos armamentos, os F-5EM da FAB têm 1 canhão M-39A-2 de 20mm e também podem carregar mísseis guiados por infra-vermelho, como o Phython 4 e MAA-1 Piranha, mísseis de longo alcance guiados por radar, como o Derby, mísseis anti-radiação, como o MAR-1 e uma diversidade de bombas e foguetes.
F-5EM disparando um míssil Phython 4.
O F-5M opera também o HMD, um sistema de mira acoplado no capacete do piloto. Basta o piloto olhar para o alvo, travar a mira e disparar. O HMD permite utilizar todo o potencial de mísseis como o Python IV israelense no F-5EM, de modo que o piloto possa designar um alvo fora da linha de visada do míssil (por exemplo, no quadrante traseiro), utilizando a mira em seu visor. O míssil é lançado e segue para a direção que o piloto indicou no momento do disparo.
Três F-5EM voando em formação.
Ok, mas e daí? Quais são os resultados práticos?
Os F-5E/FM nunca chegaram a participar de um combate real, entretanto já participaram de muitos exercícios internacionais, nos quais sempre se destacou positivamente – vale ressaltar que o F-5EM tem bons resultados nos exercícios devido à modernização e, principalmente, ao ótimo treinamento dos pilotos brasileiros. No Red Flag 2008 (08-3), os F-5EM do 1°/14° GAV combateram os F-16 e F-15 do 64° e 65° Squadron da USAF.
Veja: 7 aeronaves militares produzidas pela EMBRAER
Infelizmente, poucas informações desses exercícios são liberadas à imprensa, mas o que se sabe é que a FAB conseguiu cumprir sua missão e obteve várias vitórias nos combates simulados, com algumas fontes afirmando que a FAB, com seus F-5EM, venceu 60% dos combates simulados nos quais participou. Além disso, nenhum avião reabastecedor KC-137 do Esquadrão Corsário foi abatido.
Cockpit do F-5 antes da modernização.
O F-5EM também obteve um desempenho satisfatório no exercício UNITAS 2015, realizado em novembro de 2015, onde enfrentou caças F/A-18E Super Hornet da U.S. Navy. Neste exercício, a FAB obteve vitórias, principalmente nos dogfights.
Apesar de todas essas vantagens que ganhou com a modernização, o F-5M tem algumas desvantagens:
– o caça tem apenas 7 pontos de fixação na fuselagem e debaixo das asas;
– O Raio de ação da aeronave foi reduzido, caso esteja completamente carregado e com tanque cheio.
WebStories da Fatos Militares
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