Existem indícios de que o Japão possuía um programa nuclear de desenvolvimento de uma Bomba Atômica, e também que houve uma estreita cooperação entre as potências do Eixo, incluindo trocas secretas de materiais bélicos.
O submarino alemão U-234, que se rendeu a forças dos EUA em Maio de 1945, estava transportando, entre outras coisas, 560 kg de óxido de urânio que provavelmente seria destinado ao Programa Nuclear que envidava esforços produzir a bomba atômica do Japão.
Ao longo da década de 1930, o Japão se igualava às maiores potências nos desenvolvimentos experimentais da física com o renomado cientista japonês Yoshio Nishina.
Depois da rendição Japonesa, em 15 de Agosto de 1945, o Exército americano encontrou cinco ciclotrons japones, que poderiam ser utilizados para separar material físsil do urânio comum. Os norte-americanos destruíram os ciclotrons e jogaram o que restou deles na Baía de Tokyo.
Em 1941, o então Primeiro-Ministro e Ministro da Guerra Hideki Tojo determinou que o projeto (codinome Ni-Go) da bomba japonesa, patrocinado pelo Exército fosse realizado pelo Instituto de Pesquisas Físicas e Químicas (RIKEN), com mais de 100 pesquisadores sob a direção do renomado Yoshio Nishina.
A Marinha japonesa também reuniu esforços para criar a sua própria “Superbomba” em um projeto batizado “F-Go” (F de fissão), comandado pelo físico Bunsaku Arakatsu.
Em 1942, em Kyoto, o projeto da Marinha teve início com o objetivo principal de substituir petróleo por energia nuclear. O petróleo se tornava um bem precioso cada vez mais escasso, minando o esforço de guerra japonês.
O Instituto de Pesquisas Físicas e Químicas e uma instalação de pesquisas em Hungnam, na Coréia ocupada – também colaboraram com esses esforços.
No entanto, o empreendimento científico-militar não foi provido de recursos adequados, e o esforço da Marinha japonesa para fabricar a bomba atômica teve poucos progressos até o final da guerra.
Os esforços nucleares no Japão foram interrompidos em Abril de 1945, quando uma incursão de bombardeiros B-29 danificou o equipamento de separação por difusão térmica de Yoshio Nishina.
Alguns relatos afirmam os japoneses transferiram suas operações de pesquisa atômica para Konan (Hungnam, atualmente) na Coréia do Norte).
Os japoneses podem ter usado esta instalação para produzir pequenas quantidades de água pesada.Esta “fábrica” japonesa foi capturada por tropas soviéticas no fim da guerra, e existem indícios de que a produção da planta de Hungnam era coletada mensalmente por submarinos soviéticos.
Os japoneses poderiam fabricar uma bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial?
Historiadores, tanto japoneses como americanos, chegaram a conclusão de que o Japão não possuía urânio, recursos, ou um empreendimento em grande escala nos moldes do Projeto Manhattan. Assim, esta ameaça, como acabou sendo (provavelmente) o caso da Alemanha Nazista, não era real.
Porém a importância histórica do projeto não está no fato do Japão haver falhado, mas no fato de haver tentado, e também na atitude do Japão do pós-guerra – colocando-se como uma nação vítima da bomba atômica, sem interesse em armas nucleares – não ser totalmente verdadeira.
Os registros históricos mostram a ânsia dos militares e a disposição em cooperar dos cientistas. Se outros acontecimentos tornassem a bomba atômica japonesa uma realidade, provavelmente eles não teriam hesitado em usar a bomba contra seus inimigos, mesmo contra a vontade do Imperador Hirohito que era contra o plano da bomba atômica desde o início.
O imperador acreditava que o uso de uma bomba atômica significaria o extermínio de toda a humanidade. Finalmente, perto do fim da guerra, as pesquisas para a bomba atômica japonesa foram encerradas por ordem do Imperador.
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