O Presidente Obama anunciou na última terça-feira que os EUA irão triplicar sua ajuda ao Laos, para encontrar e desmantelar algumas dos 80 milhões de bombas não detonadas que sobraram da campanha de bombardeio dos Estados Unidos entre 1965 e 1973.
O anúncio – e visita de Obama ao Laos, que é a primeira de um presidente no cargo – serve como um pedido de desculpas explícito para longa e não reconhecida, mas devastadora “guerra secreta” dos EUA, realizada como parte da guerra no Vietnã.
Os EUA lançaram o equivalente a um avião carregado de bombas no Laos a cada oito minutos durante nove anos.
Milhões de bombas não explodiram, mas apenas 1 por cento dos “engenhos explosivos não detonados” foram encontrados. 20.000 pessoas – incluindo 8.000 crianças – foram mortas ou mutiladas por UXOs (UneXploded Ordnance).
A ameaça também tem impedido o desenvolvimento do país; terras onde as bombas não foram descobertas não podem ser usadas para explorações agrícolas ou escolas.
As UXOs tem se tornado menos letais recentemente (cerca de dezenas de mortes por ano).
O governo dos Estados Unidos já havia dado ao Laos algum dinheiro (US$ 100 milhões ao longo dos últimos 20 anos), embora fosse muito menos substancial do que a promessa do presidente agora.
Mas alguns dos arquitetos da “guerra secreta” – como o ex-secretário de Estado Henry Kissinger – continuam a negar que o governo dos EUA mataram muitos civis no sudeste da Ásia.
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